Ninguém mais

Eu sempre fiz minhas escolhas, eu sempre tive minhas idéias, eu sempre contei comigo pra tudo.
Eu sempre dancei na frente do espelho, eu sempre parei pra olhar as estrelas, eu sempre andei mais rápido no escuro.
Eu sempre fui diferente, eu sempre fiz tudo ao contrário, eu sempre ri dos meus erros.
Eu sempre fui meio bobinha, eu sempre acreditei demais nas pessoas, eu sempre levei as coisas de maneira leviana.
Acho que a vida é bem fácil, e que ninguém devia reclamar da vida que leva, antes de olhar pras vidas na sua volta, como elas são?
Talvez o sol brilhe pra todos mesmo, apenas em instantes diferentes, e todos seremos felizes, mas talvez em dias desconexos.
Eu sempre achei que eu poderia fazer mais coisas pensando em mim, mas isso não importa quando se faz as coisas pros outros e isso nos faz bem.
Eu sempre fiz planos grandes demais, eu sempre tentei fazer coisas que eu não posso, eu sempre consegui levantar no final de tudo.
Eu sempre olhei pros dois lados, eu nunca tive a intenção de fazer mal, eu sempre me mantive firme.
Eu sempre tive dias ruins, eu sempre tive vontade de largar tudo, minhas lágrimas sempre escaparam sem querer.
Eu sempre me superei, mesmo quando parecia improvável, eu sempre consegui dar um sorriso pra dizer que agora tudo bem.
Eu sempre pude olhar pra frente, eu sempre pude fazer tudo por mim, e a vida continua
porque...
ou sou eu, ou ninguém mais.