quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

'Aparentemente, ela me irrita.
Ela me contraria em qualquer das coisas que eu tento explicar. Ela não me entende, e não muda de idéia.
Parece que só o que ela pensa é que é importante, ela não tenta me entender.
Ela acha que se pode esperar pra viver depois, enquanto só eu pereço enxergar uma maneira melhor de fazer isso. Ela vive me dizendo o que fazer. Ela é tão, incontrariável que dá vontade de contrariar pra ver o que ela vai dizer. Eu já tentei explicar pra ela, mas parece que ela não entende. Ela nunca está feliz com o que tem, é tão mal agradecida, irritante.


Na verdade, eu gosto dela, mas parece que ela está montada de um jeito errado, ela não planeja as coisas, parece não se importar muito comigo em busca do que mete na cabeça, e não me ouve.
Não fala direito comigo quando acha que está certa, e eu nem sei bem porque isso acontece.
Eu queria mais atenção, odeio ter a atenção dela dividida, mesmo quando ela está insuportável.


Até parece que eu já não passei por tudo que ela está passando. E já vi muita coisa. Mas parece que eu grito meus conselhos exagerados ao vento, porque ela não aceita nada que eu diga.


Laura é uma criaturinha insuportável, mas eu acho que gosto dela, do meu jeito, ela DEVIA saber disso, devia saber que eu só quero ver ela feliz e tento ajudar e fazer a vida mais leve pra ela, eu amo ela na verdade. '

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Laura simplesmente não entendia porque essa noite estava tão quieta. Imaginou que fosse um sonho. Ou talvez que tivesse respirado demais, ou de menos. Deitou e tentou entender o que é que podia haver de errado. Não funcionou e ficou fitando incrédula a textura da parede branca.

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