quinta-feira, 15 de abril de 2010

Era uma vez...

Ela era só mais uma dessas garotas que sai da faculade e não sabe o que fazer, tem muitos amigos, não tem namorado, mora com uma amiga, ganha mesada, e está cansada. Cansada de acordar de manha e não ter o que fazer, não ter no que pensar além do que vai vestir e ligar pras gurias pra combinar a próxima festa. Ela adora as amigas, ela adora dançar, mas falta alguma coisa, e nãaaao é um namorado ¬¬, fala sério ela sabia muito bem que estava melhor assim, sem um romance quero dizer.
No espelho ela via uma garota de altura média, ruiva, magra, ela era linda, isso nunca foi um problema. Passara na falculdade com notas médias e algumas altas, tinha lá sua simpatia, mas não sabia o que queria, ela estava desesperada por alguma meta, algum objetivo maior, tinha um diploma de publicidade nas mãos, mas não sabia o que fazer com ele, e olha que ela era muito boa em propaganda, adorava o seu curso e tinha muitas perspectivas, mas elas meio que, se apagaram.

Dia 15 de novembro de 2026, um dia nublado, abafado, superquente, ela ouve o despertador, 7:00 am, primeiro dia de trabalho, em uma agência de propaganda qualquer, ela estava radiante, finalmente algo pra fazer, toma café correndo, esqueceu que meia hora no banho não é pra quem cumpre horário, sai corendo do apartamento olhando pra trás pra dar até logo para Lívia, esbarra com toda a força num cara qualquer que passava na calçada frente ao portão, derruba a papelada que tinha ainda que entregar na agência, o rapaz muito educado nem parou pra ajudar só seguiu reto sem olhar pra trás e ela perdeu mais tempo juntando tudo.
Adorou o trabalho, nada de muito espetacular, chegou em casa já estava escurecendo, Liv ainda não estava, acendeu a luz, CHOQUE, até pensou que se enganara de casa, !!!!!!!!!!!!! não tinha um abajur, uma almofada, um vaso qualquer de flores que não estivesse no chão, inteiramente despedaçãdo, a casa estava uma droga, parecia não estar faltando nada, só a bagunça, a destruição, só maldade, com as poucas coisas bonitas que elas haviam comprado pro novo apartamento. Uma mesinha estava de pé, tinha um telefone nela uma vez... agora somente um relógio decorativo que ela ganhou de presente, estava servindo de pesinho de papel, em baixo dele, um bilhete em uma folha arrancada rudemente da agenda telefônica:

'' Passei pra dizer que te amo
por que?
por que não me ouviu doçura?

Seja Feliz. ''




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